Tédio



Um dia cinza,






tudo parado...





que silêncio, que pesar...





um dia vazio, nenhum movimento,





e eu começo a me desesperar.






Nenhum toc toc do sapato a passar,






nem o triririm do telefone a tocar,






nenhum canto de passarinho,






acho que até o ponteiro do relógio,






está andando devagarzinho.



Estou aqui parada,






E eu sinto me informar, mas






estou ficando entediada.






Que coisa, mais chata,




como posso assim continuar?




Eu quero movimento, os sons, e as cores,




o cinza comigo não combina!




Desse jeito desanima,




parada assim não dá pra ficar,




sai da minha frente tédio, que agora eu vou passar.






Esse negócio de silêncio,





não é comigo não,




Eu quero é barulho,




quero falar pelos cotovelos,




eu quero uma música, eu vou cantar,




e a minha rima vou continuar.







Sai, tédio, vai embora,





não venha bater na minha porta.






Vai pra longe, vai embora,






vê se me larga, vê se me solta!




(Flávia Oliveira)




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