Quando bate a nostalgia



                                                                         [imagem: google images]

Tem dias que a gente acorda, com uma grande vontade de voltar no tempo,
naquele tempo de criança, onde a única preocupação era brincar.
Na infância cometemos um grande erro, pelo menos eu cometi,
o erro de querer crescer logo e virar adulto.
Se eu soubesse que virar adulto era tão chato,
jamais teria desejado que minha infância passasse logo.
Quando a gente é criança  tudo é tão mais fácil,
a gente só quer brincar, assistir desenho, “pintar e bordar”.
Crescer e ter responsabilidades é coisa muito boa,
a evolução do ser é uma coisa fantástica, gosto de minha fase adulta,
mas as vezes a gente cansa de tudo, isso é coisa inevitável.
Ter um trabalho, uma profissão, criar “asas e voar” é uma sensação indescritível,
mas temos que saber viver e aproveitar cada fase de nossa evolução.
Quando criança, a gente acha muito chato ir para a escola,
ainda mais quando tinha que levantar cedo,
eu não via a hora de voltar para casa e ligar a TV.
Quando criança, a gente passava horas
jogando vídeo-game para finalizar uma fase,
passava a tarde assistindo desenho, brincando com os amigos,
depois era hora de voltar para casa, tomar banho,
ver se tinha dever da escola, jantar, escovar os dentes e dormir.
Ô vida boa hein! E a gente ainda reclamava,
achava que ser adulto era mais fácil ou
que poderia fazer tudo que desse na telha, como estávamos enganados.
Crescer não é brincadeira! 
Criança se engana quando pensa que ser adulto é melhor,
na infância tudo era motivo para brincadeira,
a gente vivia sem preocupações e não sabia.
Daí os anos vão passando, vamos deixando as brincadeiras de lado,
de repente chega os 15 anos,
daí a tensão na escola já aumentou, estudar para as provas,
trabalhos em grupo, daí chega os 18 anos,
muitos já terminaram a escola e vem a faculdade,
aí sim começamos a acordar, e ver que nos tempos de escola eram mais fáceis.
E depois dos 18 anos, o tempo não passa rápido,
ele voa e numa velocidade absurda,
vem os 20, os 25, de repente já estamos quase nos 30 anos.
E quase nos 30 é que começamos a perceber de fato,
como tudo mudou,
as responsabilidades só aumentam, ser independente,
ser "gente grande" custa muito.
Nosso grande problema é não aproveitar cada fase,
sempre queremos estar à frente,
quando estávamos na 1ª série,
queríamos chegar logo na 4ª série,
quando estávamos no ensino médio,
a vontade era de já estar na faculdade,
quando estávamos na adolescência,
queríamos pular logo para a vida adulta,
e assim é quase tudo na nossa vida,
queremos sempre ir mais além,
mas se não tornarmos cuidado,
passaremos pelas fases sem ter aproveitado nada.
Muitas vezes eu penso em minha infância e
que poderia ter feito muito mais,
ter brincado mais, ter estudado mais,
ter assistido mais desenhos animados,
ter feito mais amizades...
Eu jamais iria me preocupar em ser adulta logo.
O tempo passa muito depressa e quando bate a nostalgia,
a saudade aperta o peito,
as lembranças vem a mil e a cabeça voa longe!

(Flavia Oliveira)

It's not easy...


Estou cansada de estar aqui, ali, em todos os lugares,
preciso respirar novos ares!
Estou cansada de saber, de ser, de ter, de ver
tenho que ter todas as respostas e soluções,
desse jeito não consigo mais me conter,
tenho que estar sempre a postos,
 acalmando tempestades e contendo confusões.
Aonde fico nessa? As vezes já nem sei quem sou...
O tempo passa e o mundo gira depressa, e só sei que
estou cansada, é muito peso nas costas...
O mundo está desabando? O que está acontecendo?
Uma dor, um aperto...E continuo tentando...me equilibrando!
 Estou cansada, estou cansada...
E repito muitas vezes:
Não é fácil ser forte!
Sou de carne, sou de osso,
não sou aço, nem sou ferro,
sou ser humano contando com a sorte.
Nunca foi e nem é fácil...e um dia será?
Apesar dos pesares, ainda há algo que me mantém de pé,
já pensei em desistir por diversas vezes, mas algo lá no fundo não deixa,
 uma palavra pequenina mas de imenso poder,
 aquela palavra divina chamada Fé!

(Flavia Oliveira)


Voar!


Queria olhar muito além, voar pelo mundo afora,
imaginando como seria, vivia aguardando a hora.
Viva em pouco espaço, em um aperto estupefato,
tentando achar um jeito de resolver tudo de fato.
Já não sabia sentir, não sabia o que pensar, nem como agir,
mas no fundo o que queria mesmo, era fugir.
As horas passavam com um certo pesar,
os dias se arrastavam, sem compasso e devagar.
Todo esforço parecia em vão,
já não tinha forças para suportar tanta escravidão.
Tudo ali dentro, sufocava, 
oprimia, já não mais suportava, ali tudo a esmagava.
Só queria uma chance de poder escapulir,
esperava pela grande oportunidade de poder partir.
Queria realizar o grande sonho que surgia sempre ao adormecer,
queria realmente que viesse a acontecer.
Sonhava todas as noites com o voo tão esperado,
voar para a liberdade, um sonho tão aguardado.
Será que era muita pretensão,
querer se libertar da "prisão"?
Prisão que não fez por onde entrar, 
foram armadilhas do destino que fizeram-la ali parar.
Sua única vontade, já não aguentava mais esperar,
tudo que ela queria era se libertar.
O destino muitas vezes "prega peças", é impreciso,
 acontecem coisas, que nos pegam sem aviso.
Se não tomarmos cuidado, as circunstancias vão nos aprisionar,
vão nos deixar como ave presa em gaiola...E tudo que precisamos é
escapar, explodir as "grades" e voar...libertar...E voar!




(Flávia Oliveira)
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