Voar!


Queria olhar muito além, voar pelo mundo afora,
imaginando como seria, vivia aguardando a hora.
Viva em pouco espaço, em um aperto estupefato,
tentando achar um jeito de resolver tudo de fato.
Já não sabia sentir, não sabia o que pensar, nem como agir,
mas no fundo o que queria mesmo, era fugir.
As horas passavam com um certo pesar,
os dias se arrastavam, sem compasso e devagar.
Todo esforço parecia em vão,
já não tinha forças para suportar tanta escravidão.
Tudo ali dentro, sufocava, 
oprimia, já não mais suportava, ali tudo a esmagava.
Só queria uma chance de poder escapulir,
esperava pela grande oportunidade de poder partir.
Queria realizar o grande sonho que surgia sempre ao adormecer,
queria realmente que viesse a acontecer.
Sonhava todas as noites com o voo tão esperado,
voar para a liberdade, um sonho tão aguardado.
Será que era muita pretensão,
querer se libertar da "prisão"?
Prisão que não fez por onde entrar, 
foram armadilhas do destino que fizeram-la ali parar.
Sua única vontade, já não aguentava mais esperar,
tudo que ela queria era se libertar.
O destino muitas vezes "prega peças", é impreciso,
 acontecem coisas, que nos pegam sem aviso.
Se não tomarmos cuidado, as circunstancias vão nos aprisionar,
vão nos deixar como ave presa em gaiola...E tudo que precisamos é
escapar, explodir as "grades" e voar...libertar...E voar!




(Flávia Oliveira)
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